quarta-feira, 8 de outubro de 2014

O que são Escaras?

As escaras são feridas que aparecem na pele de indivíduos que permanecem muito tempo na mesma posição, como ocorre em pacientes internados num hospital ou que ficam acamados dentro de casa, sendo muito comum também nos paraplégicos, já que estes passam muito tempo sentados na mesma posição.

As escaras  podem ser classificadas de acordo com a sua gravidade, podendo ser:


  • Grau 1 – Eritema ou hiperemia: a lesão atinge as camadas superficiais da pele, que permanece íntegra. No local, surge uma mancha avermelhada que costuma desaparecer depois de algum tempo, se a pressão for aliviada.
  • Grau 2 – Isquemia: o ferimento compromete todas as camadas da pele e o tecido subcutâneo e, pode formar-se uma bolha, aparecer uma esfoladura ou um orifício superficial na área afetada;
  • Grau 3 – Necrose: a lesão e atinge o tecido muscular, adquire coloração arroxeada e pode abrigar um nódulo endurecido;
  • Grau 4 – Ulceração: a lesão progride em profundidade, há destruição da pele e dos músculos; os ossos e articulações ficam expostos.

Causas
Estão relacionadas à má circulação sanguínea naquela região específica, e elas começam de dentro para fora. Quando uma escara aparece na pele, significa que ela já estava sendo formada há algum tempo dentro do músculo do indivíduo. Os locais mais frequentes das escaras são: sacro, quadril, calcanhar, orelhas, ombros, joelhos e escápulas.

Prevenção
A principal medida para prevenir a formação de escaras é mudar a posição dos pacientes acamados ou com dificuldade de movimentos a cada duas horas pelo menos, a fim de aliviar os pontos de pressão da pele nas áreas de maior risco. Pessoas em cadeiras de rodas, que permanecem sentadas durante muito tempo, devem mudar de posição com mais frequência, a cada dez ou quinze minutos.

Tratamento
O tratamento para as escaras varia de acordo com a gravidade e extensão das lesões.
Lesões iniciais nos graus 1 e 2 e até mesmo no grau 3, se forem pequenas,  costumam regredir por si mesmas, desde que a pressão sobre a pele seja interrompida e os cuidados profiláticos (as medidas preventivas já citadas) forem mantidos. Há casos, porém, em que pode ser necessário recorrer ao uso de antibióticos e curativos especiais.

Recomendações 
Sempre é bom relembrar que o melhor remédio para as escaras é evitar que elas se formem nas áreas mais sensíveis à pressão. Existem alguns recursos úteis para ajudar as pessoas que correm maior risco:
  • usar colchões de água, ar, ou gel de silicone e almofadas de proteção para aliviar a pressão nas regiões mais vulneráveis à compressão;

  •  examinar a pele de todo o corpo, especialmente nos pontos de pressão;

  •  não esfregar a pele durante os cuidados básicos de higiene pessoal;

  • secar bem a pele depois do banho e hidratá-la convenientemente;

  • dar preferência à roupa de cama de algodão, que deve ser bem esticada e livre de dobras que possam pressionar ou macerar a pele;

  • trocar com frequencia as fraldas dos pacientes com incontinência urinária ou fecal;

  • estimular a movimentação respeitando sempre as possibilidades físicas e motoras do paciente.

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